domingo, fevereiro 26, 2006

Sessão dupla




O domingo rendeu. Oito da manhã cheguei à Macumba, na altura do campin, junto com Frango, o primo dele, o Raoni, e um amigo do Frango, Stefan. O mar tinha subido consideravelmente, com ondas de até 5 pés nas séries. O Raoni não pega onda, e ficou tirando fotos nossas na água.
Como o crowd estava razoavelmente grande, não consegui pegar muitas ondas boas por estar no lugar errado na hora errada. Uma onda vinha pela direita, eu começava a remar mas tinha que dar a vez para alguém que estava à minha direita. Chegava um pouco para o lado, e aparecia uma onda onde eu estava, e de novo tinha que deixar de entrar na onda. Preciso aprender a me posicionar melhor no crowd.

Saímos da Macumba por volta das 11 da manhã, e tivemos a idéia: passar no supermercado, comprar umas carnes para um churrasco na casa do Raoni (que mora no Recreio) e voltar para um final de tarde na praia. Enchemos a pança e voltamos para a Prainha, mas como o crowd ainda estava forte, fomos até o Grumari.




Final de tarde perfeito! As ondas estavam com o mesmo tamanho da Macumba, mas com melhor formação. E o melhor: só mais um surfista na água, além de nós três. Era só escolher a onda, remar e entrar. No final estava tão cansado que nem conseguia ficar mais de pé sobre a prancha. Na volta o Raoni comentou sobre o que cada um surfou, e ele disse que eu surfei as maiores e melhores ondas. Bom saber que, mesmo fazendo um surf de linha, quase sem manobras, estou com uma atitude “go for it”.




De dentro d'água ainda pude presenciar uma pintura que Deus fez no pôr do Sol, jogando raios vermelhos e púrpuras por cima das montanhas que ficam ao redor de Grumari. Em compensação, tivemos que aturar os mosquitos que o diabo mandou logo que escureceu. Tudo tem seu preço!

sábado, fevereiro 25, 2006

Do valor de uma caminhada

Dia de ondas pequenas

Não acreditei no que o Frango me contou na sexta, de que o mar estava completamente flat. Acordei cedo e peguei o carro. Ao invés de seguir pela Avenida das Américas, segui pela Sernambetiba, para olhar o mar na Barra. As ondas estavam pequenas na Barra e na Reserva, mas, por incrível que pareça, na Prainha e Macumba estavam ainda menores, quase flat. Decidi ir para o Grumari, mas cometi o erro de ligar para o Disk Surf e ouvir que as ondas estavam melhores no “meio da praia”. Parei no meio do Grumari, e fiquei duas horas em umas ondas pequenas, estourando na beira, que pareciam de uma praia da zona sul. Em compensação, a água estava quente, permitindo surfar só de bermuda.


Ainda existe Mata Atlântica no Rio
Depois de sair da água, resolvi andar um pouco pela praia, só para passear. Minha surpresa: perto do canto direito, onde normalmente paro, as ondas estavam bem melhores, chegando a meio metrinho e bem mais longas. Fiquei mais até duas da tarde lá, amaldiçoando o disk surf. E aprendi o valor de uma caminhada.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Quarta dica - a prancha


Depois de você mesmo e do mar, o elemento mais importante para o surf é a prancha. Mas, quando você estiver aprendendo, não pense que ter uma prancha igual com as pranchas dos campeões terá um poder mágico e o fará deslizar sobre as ondas. Uma thruster triquilha não é uma boa pedida para um iniciante, que terá dificuldade para ficar em cima dela. Aprendi a surfar da maneira mais difícil, com uma triquilha, e levei uma semana para ficar de pé e um mês para ter um controle mínimo sobre a prancha. Tudo bem que, como era verão e só fiquei na zona sul, nem todo dia havia onda, mas com uma prancha certa eu sofreria menos.



Se você quer começar a surfar, procure uma prancha grande, que torne a remada mais fácil, e não um foguete de 6 pés. Acho que o melhor modelo para quem está começando é o funboard, que parece um longboard em miniatura, com até 8 pés. O funboard proporciona uma boa flutuação e facilita a remada, características boas para quem está começando.


Existe também um modelo que é meio-termo entre o funboard e a pranchina, em termos de espessura e tamanho, o evolution. Ela permite mais manobras que uma funboard, mas acho que é um auto-engano: se você está começando, acho melhor se concentrar em ficar de pé e aproveitar a experiência. Quando os primeiros degraus do surf tiverem sido vencidos e você conseguir ficar de pé no funboard, passe logo para a pranchinha.



Outra opção para quem está começando é cair no mar com um pranchão, também chamado de longboard. Eles seguem o estilo das pranchas mais antigas, dos anos 60, mas adotam novos materiais que os tornam mais leves que os modelos dos nossos vovôs. Eles são bons para quem está começando por proporcionarem boa remada, mas não eles dão uma canseira aos iniciantes na hora de varar as ondas e passar da arrebentação.


Além disso, se você está surfando em uma praia cheia, uma hora ou outra poderá precisar de um banhista ou um surfista, e um funboard tornará essas viradas mais fáceis que um pranchão. Surfar em um pranchão é quase outro esporte, pois ele quase que te obriga a ter movimentos suaves, como de um rei que desliza sobre a água.


Para conseguir sua primeira prancha, não é preciso ser muito seletivo. Uma usada, comprada de um amigo, da internet ou de uma loja, já dará conta do recado. Se o orçamento permitir, procure um shaper (na barra ao lado estão os endereços de alguns) e faça uma sob medida, dizendo a ele que será sua primeira prancha. Fazendo a prancha diretamente com o shaper, além de ter uma prancha feita especialmente para você, ainda conseguirá economizar alguns reais, em comparação com o que se paga em um loja.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Terceira dica - sozinho ou com professor?

Há alguns anos surgiram as "escolinhas de surf", que facilitam bastante o aprendizado de quem está começando. Acho que elas são uma boa idéia pelas seguintes razões:
  1. Quem está começando precisa de uma prancha maior do que a que poderá usar quando tiver mais habilidade. A escolinha já fornece uma dessas "pranchas de apreendizagem" ao aluno.
  2. O aluno conversa com instrutores, mais experientes, e aprende a sair de situações difíceis e como deve agir no outside - a "etiqueta do surf".
  3. Ter um instrutor por perto vai acelerar seu aprendizado, porque ele vai te dar orientações que vão te ajudar nas primeiras e desajeitadas tentativas de ficar de pé em uma prancha.
  4. Enquanto o aluno está na escolinha, irá usar a camisa de lycra que identifica seu status de iniciante. Os outros surfistas vão manter uma distância segura do aluno, e saber que ele está aprendendo a surfar.

Mesmo assim, muita gente não gosta das escolinhas de surf. Acho que devem ter vergonha de aprender a surfar junto com uma molecada. Outros reclamam que as aulas costumam ser muito cedo. Outro problema é as escolinhas às vezes parecem... escolas! É preciso disciplina, atender o mestre, só fazer o que ele manda, a ponto de não ser divertido.

Em todos os postos de salvamento da Barra e do Recreio podem ser encontradas escolinhas, com aulas geralmente pela manhã, às oito horas. Destaco duas: Pedro Muller e Rico de Souza.

domingo, fevereiro 19, 2006

Segunda dica - as ondas

Antes de surfar, dê uma olhada no mar. Repare que, lá no fundo, as ondas são como marolas, corcovas na água do mar. A onda ganha tamanho até o momento em que começa a despencar sobre seu próprio peso, formando uma espuma branca. Esse é o lugar certo para o surf.

A maneira como a onda quebra é essencial. A condição ideal é quando a onda se encontra com a praia de lado, em um ângulo menor que 90º. O resultado é que uma parte da onda irá encontrar um obstáculo, como uma pedra submersa ou banco de areia, começar a quebrar e formar espuma branca. O resto da onda continua como uma parede, e a espuma branca aos poucos avança sobre a onda. O principal objetivo do surf é deslizar sobre a parede, aproveitando-a para fazer manobras, mas sem se adiantar muito, ficando próximo da espuma branca.

Às vezes a onda entra na praia “de frente”, formando um ângulo de 90º com ela. O resultado é que ela irá estourar toda de uma vez. Os surfistas dizem que essas ondas estão “fechando”, e é melhor manter distância delas, especialmente se o mar estiver grande. Mas como a maior parte das praias não costuma ser reta, mas curva, mesmo se a ondulação entra de frente, em algum canto da praia a onda poderá formar uma parede ao estourar – procure esse “rabo de onda” para surfar.

Repare também em que direção as ondas estouram, seguindo a espuma branca. Provavelmente haverá um local na praia onde as ondas terminam de estourar e perdem tamanho, ou onde não estoura qualquer onda. Nessa área, que os surfistas chamam de canal, a profundidade da água é maior, e toda a água deslocada em forma de ondas retorna ao fundo mar por ali. Se você estiver nadando, cuidado com esse lugar aparentemente calmo: a correnteza costuma ser mais forte nesse ponto, chamado de “vala” pelos salva-vidas. Se for um dia de ondas grandes, verdadeiros rios se formam nas valas. Mas, se você quiser surfar, esse é o lugar certo para entrar na água, pois a correnteza irá te ajudar a passar da arrebentação.

O modo que as ondas quebram também é importante. Se as paredes são quase verticais, e se a onda estoura formando um tubo entre a parede e a parte superior da onda (o lip), cuidado. Os surfistas dizem que essas são ondas "buraco", que proporcionam um surf mais rápido e radical - e portanto, não são indicadas para quem está começando. No Rio de Janeiro, em geral as praias da zona sul têm ondas mais "em pé" - Ipanema, São Conrado, Leme.

O extremo oposto é uma onda cheia, com uma parede inclinada, e onde a espuma branca pode até estourar aos poucos, bem devagar. Essas ondas são mais fáceis de surfar, especialmente se você está com uma prancha estilo funboard ou longboard. Por experiência própria, digo que é mais fácil surfar uma onda de mais de dois metros cheia a uma onda tubular de quatro pés. No Rio o lugar que tem as ondas mais cheias é a Praia da Macumba, em frente ao quiosque do Rico - que, não por acaso, é o ponto preferido por quem gosta do longboard e para os iniciantes. Barra, Prainha e Grumari geralmente têm ondas mais ou menos cheias, mas nesses lugares, quando o swell passa de um metro e meio, as ondas ficam secas e bastante radicais.

sábado, fevereiro 18, 2006

Zerado!

Netuno não quise perder o show dos Rolling Stones. Esse final de semana o mar estava completamente sem ondas. Fazer o quê?

domingo, fevereiro 12, 2006

Surf sem crowd


Se no sábado acordei tarde, no domingo estava com menos disposição ainda. No dia anterior, depois do surf, encarei uma festa que, apesar de ter acabado cedo, por volta da meia-noite, foi animada. Meus amigos contrataram um trio nordestino para tocar forró no salão do apartamento deles, mas a festa se animou mesmo quando um cantor se juntou aos músicos. Não fosse por um detalhe: ninguém conhecia a figura!


O Frango me ligou de novo, mas só fui pegar onda depois do almoço. Escolhemos o Píer da Barra, que era o pico mais controvertido dos sites especializados: enquanto o Rico Surf dizia que era o melhor, o Click Surf o classificou entre os piores. A escolha não poderia ter sido melhor: as ondas eram boas, com um metrão e chegando a um metro e meio nas séries, e sem nenhum crowd.
É muito bom surfar com poucas pessoas à sua volta, porque não é preciso prestar atenção nos outros surfistas ao entrar em uma onda ou ao remar de volta, e fixar toda a atenção no mar.

Desci em várias ondas boas, que se conectavam até a beira, deixando as pernas cansadas de tantas viradas e manobras. Com a praia vazia, era fácil pegar uma onda atrás da outra, o que deixou os braços cansados de tanto remar. A água também estava meio estranha, pois meus olhos começaram a arder - acho que o emissário da Barra já começou a derramar esgoto no mar, antes mesmo da estação de tratamento estar pronta. Antes das cinco já era hora de levantar acampamento, com a cabeça feita por mais um dia de surf.

sábado, fevereiro 11, 2006

Banho de chuva

Macumba
Como sabia que o sábado iria amanhecer chuvoso, não coloquei o despertador para as seis da manhã, e acordei já quase oito horas. No celular vi uma mensagem do Frango, liguei para ele e soube que ele tinha perdido o Surf Bus. Como estava chovendo bastante, estava pensando em não ir para a praia, ele me convenceu a ir.

A melhor pedida para o swell de sudeste era a Macumba ou o Canto do Recreio, já que a Prainha estava meio de ressaca. O único problema era o crowd, inexplicável para um dia de chuva forte – deviam haver umas 30 pessoas espremidas no canto do Recreio, e mais umas 40 espalhadas pela Macumba. É bom ver que você não é o único fissurado a pegar onda em um dia de chuva, mas tanta companhia atrapalha.

Decidimos ir para a Macumba, onde o crowd era mais esparso, mas para completar lá acontecia um campeonato amador patrocinado pela Telemar bem em frente ao quiosque do Rico, onde estavam as melhores ondas. Malditas corporações!

Mas o dia valeu a pena. Como achava que as ondas estariam grandes, levei minha mini gun de 6'8”, e tiver que sentar no fundo, próximo ao campeonato, procurando as maiores ondas da série. Infelizmente, muita gente teve a mesma idéia, e tive que ficar disputando as ondas na remada contra o crowd.

Uma de mais ou menos um metro e meio que sobrou para mim valeu a viagem. Só comecei a remar quando ela já estava em cima de mim, forçando um drop atrasado, e por um instante achei que não ia conseguir. Não esperei chegar ao final da onda para dar uma cavada para o lado, ou ia tomar uma vaca tenebrosa, e direcionei o bico da minha prancha para o corte da onda, procurando uma saída para a enrascada na qual tinha me metido. E a mesma onda que iria me massacrar proporcionou um passeio memorável, me mostrando que às vezes o mais importante no surf é auto-confiança.

Depois de pegar confiança nas ondas da Macumba, quis entrar na Prainha, mas tive uma lição de humildade. A arrebentação estava bem exigente, e já estávamos cansados, e nem chegamos ao outside. A vida é assim mesmo.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Para começar, natação

A primeira providência a ser tomada por quem quiser aprender a pegar onda é melhorar o condicionamento físico. Essa semana voltei a fazer natação duas vezes durante a semana e posso garantir que a diferença é significativa. A remada fica mais fácil, e os caldos não ficam tão assustadores quando sua capacidade respiratória é maior. A recomendação é importante principalmente para quem só tem o final-de-semana para surfar, pois a antiga frase continua verdadeira: “atletas de final-de-semana morrem no final-de-semana”.


Está certo que a melhor preparação para surfar é pegar onda, pois os músculos trabalhados na remada são diferentes dos usados quando se está nadando sem prancha. Mas a natação é o exercício aeróbico que mais se aproxima dos movimentos do surf, e para mim funciona mais que uma hora de bicicleta e é menos agressiva para os pés e joelhos que a corrida. Para mim, nadar duas ou três vezes por semana é o suficiente, considerando que sábado e domingo também estou dentro d'água.


Para mim, não deixa de ser irônico: quando era criança passava boa parte das minhas tardes em uma piscina e odiava cada minuto, achava aquilo um saco. A principal diferença é que agora faço natação para ficar preparado para o surf. É como o fígado que se come antes do sorvete: caso contrário, não investiria meu tempo e esforço para ficar de um lado para outro de uma piscina, uma das atividades mais tediosas já inventadas.

domingo, fevereiro 05, 2006

Fim-de-semana fora do Rio (ou quase)

Prainha

O sábado foi um dia marcante para mim: oficialmente me tornei padrinho do meu primo, o João Francisco. É um daqueles sinais de que você está ficando mais velho, mas é claro que não decepcionei minha criança interna, e acordei bem cedo para surfar. Quando ia para a praia, pensei numa lista de sinais que mostram que você realmente acordou cedo. Alguns são:

  1. ao sair de casa, você encontra um vizinho bêbado voltando da noitada;

  2. os veículos nas srua ainda estão com os faróis ou lanternas ligadas;

  3. os carros acidentados na noite anterior ainda não foram recolhidos.


Dessa lista, felizmente só marquei dois pontos, e não vi qualquer acidente. Cheguei na Prainha às 7 da manhã e a situação não era muito boa: o fraco swell que havia chegado à cidade na quinta já tinha perdido força, e as ondas tinham meio metro. Peguei umas marolas boas, mas com a água quente e o sol, o crowd na Prainha fica insuportável.

Decidi ir para o Grumari, mas logo que cheguei lá retornei à Prainha por um singelo motivo: havia esquecido minha prancha lá! Preciso dar um jeito nessa cabeça...


GrumariNão me arrependi de ter ido ao Grumari. As ondas eram quase tão boas quanto as da Prainha, mas o crowd bem menor. E o melhor do Grumari é o clima: a praia é quase deserta, e ao fundo está uma grande Área de Proteção Ambiental, com uma Mata Atlântica virgem. Parece que você está em uma cidade de praia, e não no Rio de Janeiro. No final do dia, com a maré secando, o mar subiu um pouco, mas às 11 da manhã precisei ir embora, para o grande dia do batizado.

Depois do batizado emendei com a festa de aniversário de um ano do João Francisco, e quando cheguei em casa já eram umas 10 da noite. Capotei, e acordei cedo no domingo também. Dessa vez, iria com um camrada, o Sardinha.

Decidimos ir para o Grumari, na Prainha as ondas eram bem pequenas e o crowd já era presente. Pelo menos teríamos ondas desertas. As ondas eram pequenas, quase ridículas, mas o surf foi legal pelo alto astral de ter uma praia quase que só para você, com um Sol bonito e uma água quente que permitiu dispensar a roupa de borracha.

Surfei três ondas com a funboard 7'5” do Sardinha, e me senti um novato de novo com aquela prancha grande que me fazia remar de um jeito desengonçado. Não completei nenhuma das ondas, mas achei legal surfar com uma prancha maior, que te dá um estilo mais clássico. Definitivamente, ainda vou experimentar um longboard. Ao contrário de muitas pessoas, fui desinformado e cabeça-dura, e comecei direto com uma “thruster” triquilha, sem ter passado pelo funboard ou pelo longboard.

Em casa ainda peguei na locadora o vídeo Step into Liquid, de Dana Brown, filho de Bruce “Endless Summer” Brown. Muito bom, mas só vejo um problema: ele é tão legal que faz qualquer um que não surfe ter vontade de experimentar. A maioria de filmes de surf é uma seqüência de imagens de profissionais topo-de-linha arrebentando ondas e com um hardcore como trilha sonora. Mas Dana Brown mostra, além de Taj Burrow, Kelly Slater e Tom Carol, várias pessoas normais, que nem surfam tão bem mas tem ótimas histórias para contar. Assim o crowd só aumenta!