Surf sem crowd
Se no sábado acordei tarde, no domingo estava com menos disposição ainda. No dia anterior, depois do surf, encarei uma festa que, apesar de ter acabado cedo, por volta da meia-noite, foi animada. Meus amigos contrataram um trio nordestino para tocar forró no salão do apartamento deles, mas a festa se animou mesmo quando um cantor se juntou aos músicos. Não fosse por um detalhe: ninguém conhecia a figura!
O Frango me ligou de novo, mas só fui pegar onda depois do almoço. Escolhemos o Píer da Barra, que era o pico mais controvertido dos sites especializados: enquanto o Rico Surf dizia que era o melhor, o Click Surf o classificou entre os piores. A escolha não poderia ter sido melhor: as ondas eram boas, com um metrão e chegando a um metro e meio nas séries, e sem nenhum crowd.
É muito bom surfar com poucas pessoas à sua volta, porque não é preciso prestar atenção nos outros surfistas ao entrar em uma onda ou ao remar de volta, e fixar toda a atenção no mar.
Desci em várias ondas boas, que se conectavam até a beira, deixando as pernas cansadas de tantas viradas e manobras. Com a praia vazia, era fácil pegar uma onda atrás da outra, o que deixou os braços cansados de tanto remar. A água também estava meio estranha, pois meus olhos começaram a arder - acho que o emissário da Barra já começou a derramar esgoto no mar, antes mesmo da estação de tratamento estar pronta. Antes das cinco já era hora de levantar acampamento, com a cabeça feita por mais um dia de surf.
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